Mulheres Indígenas e Negras na Amazônia Colonial

03/01/2024

Colagens elaboradas como atividade final da disciplina de Colônia pelos discentes do curso de História da Universidade Federal do Pará, 2022.


Figura 1. Vozes silenciadas: Reflexões sobre Casamentos Mistos na Amazônia Colonial

Murilo, Kaio, Vitória, Antoniel e Joelma

Sobre a obra: A indígena usa um cocar e uma coroa como forma de demonstrar a dualidade de sua cultura. A cruz ao meio simboliza a decisão final de algumas por se converterem ao cristianismo, abandonando a sua cultura originária. As mãos no canto da imagem representam a união com os português tal como a Igreja Matriz de São José do Rio Negro. Os documentos remetem aos benefícios dados pela Coroa a qualquer português que se casasse com uma mulher indígena. O barco simboliza a chegada dos lusitanos e dos africanos escravizados. Visto que a mão de obra escrava tornou-se escassa após os tratados com os indígenas.

Figura 2. Indígenas cativas: a busca por liberdade na Amazônia colonial

Ana Beatriz Araújo, Isaac Rocha, Lucas Samuel Cunha, Juliana Maciel, Remison Fróes

Sobre a obra: Colagem feita a partir de elementos da pesquisa de Márcia Eliane Alves de Souza e Mello que discorre sobre as formas de acesso à justiça colonial utilizadas pelos indígenas, em sua maioria mulheres, com a finalidade de livrar-se da condição de cativeiro. O objetivo da colagem é expor o protagonismo feminino e indígena na Amazônia colonial, e abordar o tema da alforria indígena, que é pouco debatido pela historiografia, visando a visibilidade das complexas relações sociais do período e a multiplicidade dos sujeitos históricos.


Figura 3. O grito da sobrevivência

Flávia Cristina Mastop, Jamille Albuquerque Kildere, Diogo Dias De Sousa, Lorena Cardoso Ferreira e Maria Antônia

Sobre a obra: O grito de sobrevivência é uma obra que tem como objetivo demonstrar como as mulheres indígenas através dos casamentos estimulados pela coroa portuguesa eram detentoras de suas histórias. Que cada decisão tomada por essas mulheres, seja de fugir ou de ficar, elas lutavam através dessas decisões por sua sobrevivência. Tornando-se protagonistas de suas vidas. Essa obra quer estimular que escutemos esses gritos e as olhemos como as mulheres de suas histórias.

Figura 4. Mulheres Indígenas e a resistência à colonização religiosa

Carla Lopes, Hava Karine, Narciso Alencar, Jefferson Castro e Lélio Filho.


Sobre a obra: A colagem representa a resistência da mulher indígena sobre a imposição de valores cristãos para a sua sexualidade no período colonial. Esta atitude foi crucial para a manutenção da diversidade cultural e liberdade de crença. Ao fundo como imagem base, a representação de uma divindade indígena em forma de mulher.

Figura 5. Em Busca da Liberdade

Kamilly Navegantes, Josué Eryk, João Luiz Moreira, Elisandra Santos e Gabriel Pereira.

Sobre a obra:A arte em colagem tem como intuito retratar a história de Mariana, uma mulher escravizada que estava em busca de sua liberdade. Mariana era de origem africana descrita na documentação como "preta da gentio Guiné de nação Corana" que foi escravizada e enviada ao Maranhão e Grão-Pará. Uma pessoa "movida por compaixão lhe ofereceu o dinheiro de sua alforria", assim tentou pagar pela sua liberdade, mas o seu senhor não a concedeu. Como a justiça local nada fez, Mariana enviou um requerimento pedindo sua alforria para a Coroa Portuguesa. Existe uma grande possibilidade do pedido de alforria de Mariana ser o primeiro documento feito formalmente por uma africana em Belém.

Figura 6. As mulheres indígenas como sujeitos históricos na Amazônia Colonial

Romulo Silva

Sobre a obra: É necessário compreender e perceber quem são os sujeitos silenciados em nossa história. Pertencer e ser feminino é visto como algo ainda distinto e subalternizado, é perceptível a tentativa de ocultar as mulheres indígenas durante a historiografia colonial. Mulheres indígenas têm vozes, corpo e alma! Não são objetos descartáveis, são lutas com suas próprias vontades. São sujeitos de sua própria história, da nossa história e da Amazônia!"

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